terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Argo - Hollywood na Alta Espionagem


Autor: Mendez, Antonio
Baglio, Matt
Categoria: Biografia, Autobiografia, Memórias
Editora: Intrinseca
Publicação: 2012
Páginas: 256



Sinopse

Em 4 de novembro de 1979, os funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Teerã são surpreendidos pela invasão de um grupo de militantes, que faz 53 reféns. Em meio à confusão, seis diplomatas conseguem escapar e encontram refúgio na residência do embaixador do Canadá. Mas Tony Mendez, especialista em disfarces da CIA, sabe perfeitamente que é apenas uma questão de tempo até que sejam encontrados. Para retirá-los do país, ele concebe um plano muito arriscado, digno de cinema. Disfarçando-se de produtor de Hollywood e apoiado por um elenco de agentes secretos, falsificadores e especialistas em efeitos especiais, Mendez viaja para Teerã a pretexto de encontrar a locação perfeita para um falso filme de ficção científica chamado Argo. Neste livro, ele revela todos os detalhes da complexa operação que aliou o alto escalão de Hollywood ao mundo da espionagem.


                                                                         *

Às vésperas da maior premiação do cinema, o filme dirigido e estrelado por Ben Affleck ganha cada vez mais espaço e já é um dos favoritos a receber a estatueta de melhor filme. Ben Affleck filmou a história de Antonio Mendez, um especialista em exfiltração contratado pela CIA que, em 1979, é convocado para participar do resgate dos seis diplomatas que conseguiram escapar dos militantes iranianos no Teerã, que fizeram todos os funcionários da Embaixada Americana de reféns e foram responsáveis por uma grande crise. A história da operação Argo também é contada pelo próprio Antonio Mendez no livro homônimo, disponível nas livrarias desde 2012.


Em 4 de novembro de 1979, sob um clima extremamente tenso, o prédio da Embaixada Americana é invadido por militantes iranianos que imediatamente fazem todos de refém. Seis diplomatas conseguem escapar antes da invasão e conseguem se esconder na residência do embaixador do Canadá, porém com a certeza de que precisam voltar para os Estados Unidos o mais rápido possível, antes que sejam encontrados e assassinados pelos iranianos.


Nos Estados Unidos, a CIA busca incessantemente uma solução para trazer os seis diplomatas de volta e convocam o especialista em exfiltração Antonio Mendez. Nenhum dos planos discutidos parece viável, mas Tony encontra uma solução incomum. A ideia é convencer as autoridades de Teerã, de que Tony e sua equipe buscam locações para filmar uma nova superprodução cinematográfica de Hollywood e sair do país com os diplomatas escondidos. O sucesso deste plano depende de muitos fatores, inclusive executá-lo antes que os iranianos descubram os fugitivos e Tony deve pensar em todos os detalhes para que nada dê errado.


É, sem dúvida, uma história tensa, de tirar o fôlego, porém verídica. São muitos os riscos a que todos estão expostos e muitas chances de dar tudo errado. O filme dirigido e estrelado por Ben Affleck, premiado diversas vezes e um dos principais concorrentes ao Oscar de melhor filme, apenas abriu o caminho para que o livro seja um Best-Seller.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Maldito Karma

Autor: David Safier
Título Original: Mieses Karma
Categoria: Literatura Estrangeira/ Romance
Editora: Planeta do Brasil
Data de publicação: 2010
Páginas: 288
Classificação:
Sinopse
A apresentadora de televisão Kim Lange está no melhor momento de sua carreira. E é justamente nesse momento que sofre um acidente e morre de forma bastante inusitada: é atingida pelo banheiro de uma estação espacial russa! Logo depois de sua morte, Kim se dá conta de que praticamente só acumulou mau karma durante sua vida: traiu seu marido, foi displicente com sua filha e magoou muitos dos que a rodeavam. Em pouco tempo percebe qual será seu castigo: em um formigueiro, com uma cabeça enorme, duas antenas e seis patas...Kim descobre que foi transformada em uma formiga!
Mas, é claro que ela não terá paciência de ficar recolhendo migalhas e migalhas de pão até conseguir reverter os erros cometidos durante sua existência. Além disso, não pode permitir que seu marido seja consolado por outra mulher! Muito menos tolerar que sua filha tenha outra mãe. Só há uma saída: acumular bom karma para ascender na escala da reencarnação e, assim, talvez conseguir se reaproximar de sua família. Porém, o caminho para deixar de ser um inseto e converter-se em algo um pouco mais evoluído é duro e está repleto de adversidades.
Com um desfecho inesperado, a trajetória de Kim Lange é hilariante, divertida e, ao mesmo tempo, capaz de nos fazer refletir sobre nossos valores e nossa própria imortalidade. 

Resenha

Quando vi a capa do livro, me encantei não só por ter tantos bichos, mas por ter um porquinho-da-índia. Uhuuu lembraram deles, kkkk. Claro que nunca devemos comprar um livro só pela capa, mas eu não pude resistir, comprei o livro sem antes saber do que se tratava. Dessa vez tive sorte e não me arrependi, ainda bem! 

O livro conta a história de vida de Kim Lange, uma apresentadora de TV muito famosa. A princípio quando vi que o autor era um homem e que narra os fatos como Kim, realmente tive certo preconceito. Estou acostumada a personagens femininas por autoras mulheres, mas mudei de ideia logo ao ler o primeiro capítulo. O autor escreve todos os pensamentos femininos de Kim com perfeição. 

Kim morre por acaso do destino, mas morrer não era o problema, o problema era reencarnar em uma formiga. Sim por esse motivo está escrito em vermelho gritante a palavra “Karma” na capa. Kim veio como formiga ao mundo e agora precisa evoluir para poder ficar ao lado de sua filha Lilly. Quando estava viva Kim não tinha muito tempo para a família e simplesmente não participava de nada. Agora como formiga ela sente uma falta enorme da filha e um pouco também de seu marido Alex. A vida de formiga duraria para sempre se ela não descobri-se a chave da evolução. O próprio Buda fala com ela e da à dica de como evoluir – Acumule bom Karma. Sim é só isso, o problema está em como acumula-lo, fazer ações de bom coração. E ela tenta, a cada nova vida, a cada novo animal, ela tenta. Algumas vezes funciona, outras nem tanto, mas o importante é evoluir, sempre. No rodapé de algumas páginas uma formiga intitulada Casanova dá sua segunda visão sobre a cena descrita. Fiquei pensando em como seria o final do livro, mas o autor conseguiu fazer um final digno.

Uma leitura leve, mas que faz você rir do começo ao fim. Até hoje todos os livros que diziam que rendia muitas gargalhadas nunca funcionaram comigo, mas esse superou as expectativas, finalmente achei muita graça em um livro. Comprei sem pretensão alguma, apenas que tivesse alguns animais na história, mas me deparei com um enredo gostoso de ler. Vale a pena ser lido e até relido. 




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

P.S. Eu Te Amo

P. S. Eu Te Amo
Autor: Cecelia Ahern
Título Original: P.S I Love You
Categoria: Literatura Estrangeira/ Romance
Editora: Novo Conceito
Data de publicação: 2012
Páginas: 368
Classificação: 

Sinopse
Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. 

Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca. 


Resenha
O livro já começa com Holly viúva. Sem nenhuma sutileza, simplesmente o marido dela morreu. Claro que com a afobação você quer saber como isso aconteceu, qual era a relação deles e o que eles viveram antes de essa tragédia chegar. Essas respostas aparecerão com o desenrolar da história. Holly é a personagem principal do livro, que agora luta para viver sem a companhia do marido. Para ela, não há vida sem ele e por mais que familiares e amigos tentem anima-la, ela não quer voltar à vida. Eis que sua amiga Sheron faz Holly acordar para realidade e sair daquela casa. Mesmo muito abalada, Holly tenta reconstruir sua vida, até que sua mãe entrega um pacote. Mas quem enviou um pacote cheio de cartas. Mas quem teria enviado aquele pacote? Ela descobre que o pacote, aquelas cartas, aquilo tudo era Gerry, seu falecido marido. Ele escreveu uma carta para cada mês que Holly está vivendo, com indicações sobre o que fazer naquele determinado mês. Com a ajuda de suas amigas ela faz todas as exigências escritas por Gerry. Esse é o enredo principal do livro. O que tem na próxima carta e como isso vai mudar sua vida? 

Holly se arrasta o livro inteiro. Ela parece não conseguir superar a perda e está sempre entre altos e baixos, agarrada em lembranças antigas. Muitas vezes chega até ser individualista demais, não pensando em quem está a sua volta e vivendo a sua melancolia eterna. Não espere grandes romances, pois isso não acontece! É bonito saber que alguém que morreu te amava tanto a ponto de deixar um grande tesouro como esse. Faz você dar valor as pessoas que ama e que talvez amanhã não estejam ao seu lado.
É uma leitura rápida que não exige grande atenção, o texto é simples. A história em si é muito bem escrita, mas não me amarrou muito. O que te impulsiona a querer ler mais e mais são as cartas dos meses seguintes. A curiosidade é grande para saber qual será a próxima de Gerry. O livro virou até um filme, li primeiro o livro e depois vi o filme, mas sinceramente não gostei nem um pouco de como foi feito (é o que normalmente acontece). Leia e acompanhe Holly em sua missão. 

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia

Autor: Pondé, Luiz Felipe
Categoria: Filosofia
Editora: Leya Brasil
Publicação: 2012
Páginas: 224

Sinopse

“O Guia Politicamente Incorreto da Filosofia”, de Luiz Felipe Pondé, e o terceiro da coleção Politicamente Incorreto. Nele, Pondé, com a ironia costumeira, desbrava a história do politicamente correto, através do pensamento de grandes filósofos, como Nietzsche, Darwin, o escritor Nelson Rodrigues, entre outros. “Para os defensores do politicamente correto, tudo é justificado dizendo que você é pobre, gay, negro, índio, ou seja, algumas das vítimas sociais do mundo contemporâneo. Não se trata de dizer que não há sofrimento na história de tais grupos, mas sim dos exageros do politicamente correto em querer fazer deles os proprietários do monopólio do sofrimento e da capacidade de salvar o mundo. O mundo não tem salvação”. Dividido por temas, a obra se baseia em conceitos defendidos por grandes filósofos do mundo inteiro para abordar assuntos como capitalismo, religião, mulheres, instintos humanos, preconceito, felicidade e covardia. Se até o aeroporto se tornou um churrasco na laje, o futuro mais otimista para o mundo é ser brega. “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia” não é um livro sobre a história da filosofia, mas sim um ensaio sobre a filosofia do cotidiano. Luiz Felipe Pondé, o pecador irônico, confessa uma mentira moral e universal na sociedade: o politicamente correto. Porque no fundo, você sabe que também achou graça na piada do seu amigo.

*

Luiz Felipe Pondé é filósofo, formado em importantes instituições de São Paulo, Paris e Tel-Aviv, professor atuante nas melhores universidades de São Paulo e colunista de um dos maiores jornais do país. Neste ensaio muito bem humorado, ele usa a ironia como elemento essencial. A ideia é fazer o leitor se reconhecer em diversas situações da vida cotidiana e forçar uma reflexão sobre atitudes que nem sempre temos conscientemente, geralmente levados por um padrão de comportamento nem sempre adequado. Sua crítica é direta e afiada e o desenvolvimento das ideias é instigante e desafiador.

A proposta do Guia Politicamente Incorreto da Filosofia é trazer um diálogo entre situações cotidianas e conceitos filosóficos dos mais importantes filósofos da história da humanidade, considerando a visão “politicamente correta” que a nossa sociedade se apropriou na época da ditadura militar e teima em adotar até os dias de hoje. Para expor todo o perigo do conceito traiçoeiro do “politicamente correto”, o autor abusa da ironia como uma aliada para instigar o leitor a raciocinar, refletir, analisar uma situação antes de assumir uma postura hipócrita diante da sociedade.

Sem dúvida, é um choque de realidade, uma leitura necessária para quem busca ampliar sua visão de mundo e romper os limites estabelecidos por comportamentos predefinidos que acabam por restringir o desenvolvimento intelectual humano.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lições de vida de um cão chamado Lava


Autor: Jay Kopelman
Título Original: From Baghdad to America: life lessons from a dog named Lava
Categoria: Literatura Estrangeira/ Biografias e Memória  
Editora: Best Seller
Data de publicação: 2009
Páginas:178

Classificação:     

Sinopse
Nesta obra Jay Kopelman mostra ao leitor como ele tratou a difícil adaptação de Lava à sua nova vida nos Estados Unidos e as consequências da guerra no comportamento de seu fiel amigo. Enquanto se dedica a ajudar Lava a controlar sua agitação e agressividade, o autor percebe que ele próprio, um ex- combatente de volta ao convívio de amigos e familiares, aprisionado pela dificuldade de estabelecer vínculos afetivos, apresenta os mesmos sintomas de seu cão. Corajosamente, Jay atira-se no descortínio de seus medos e traumas, lançando-se em uma jornada de autoconhecimento e revelações que conferem a esse relato um tom confessional.

Resenha


Para quem não ainda não leu de Bagdá com muito amor talvez demore um pouco mais para entender o que se passa. Fazendo um resumo do “De Bagdá com muito Amor”, o tenente-coronel Jay Kopelman narra sua história de vida durante o período na guerra no Afeganistão. E é justamente nesse cenário que ele conhece um filhote que irá mudar sua vida. Lava como começa a ser chamado é um filhote de cachorro perdido entre o caos da guerra em um país em ruínas. Jay faz o possível e o impossível para resgatar lava daquele lugar e levá-lo para sua casa nos E.U.A. Essa é a principal narrativa do livro.


Eis que algum tempo depois, devido ao sucesso do primeiro livro Jay lança outro livro o “Lições de vida de um cão chamado Lava”. Quando encontrei fiquei admirada. Sabia já que ele tinha lançado, mas nunca tive o real interesse em ler. Comecei a ler com a expectativa do autor mostrar como foi sua convivência depois da guerra com Lava, até porque depois de uma guerra nem pessoas nem cachorros ficam muito “normais” digamos assim. A adrenalina do dia a dia some agora que tudo está em paz em seu próprio país. Ele começa a contar sua relação com as pessoas e como Lava continua ajudando em sua vida para se recuperar de todo trauma causado pela guerra.


Em primeiro momento achei que o livro falaria mais sobre a convivência de ambos, porém o que li foi um pouco diferente. Ele conta novamente sobre a guerra e o que aconteceu lá. Para quem leu o primeiro livro fica muito repetitivo e você fica esperando mais sobre o dia a dia deles. Além disso, ele mostra que Lava o ajudou a conhecer a atual esposa e que juntos montaram uma família. Fiquei esperando algum evento extraordinário entre eles, mas o que tive foi mais uma narrativa sobre guerra, regulamentos internos entre outras coisas que os fuzileiros precisam fazer. No final do livro, lá para o penúltimo capitulo o autor fala mais de Lava e sua doença causada pela guerra que afetou tanto ao animal quanto a Jay. É interessante também a parte que outros militarem enviam suas vivências para o autor. Vários outros que serviram a guerra também já encontraram e trataram dos cães do local, porém poucos obtiveram o sucesso que Jay teve em regatar e salvar um amigo.


Para quem se interessa por relatos da guerra está ai um ótimo livro. Para quem acha que vai ser mais um Marley e Eu, não, não será. Porém Jay mostra a compaixão do ser humano que ainda existe mesmo em meio daqueles que foram treinados para se defender e se preciso matar quem o ameaçar. O autor que mostrar para todos aqueles que serviram a guerra que não é vergonhoso pedir ajuda na transição do militar para o civil.Gostei muito mais do primeiro livro, mas quem já leu “De Bagdá com muito amor” e quer continuar a história fica a dica.